Parte 1
Se você está esperando um romance parecido com os outros,
feche esta página. Pois nele á sim uma história romântica, mas não como as que
você é acostumado a ver por ai. Na verdade, é uma história bem diferente, é um
romance que aposto que você nunca pensou na vida, algo que você ache até que
não existe. Mas existe uma frase que sempre me deixa confusa “Toda panela, tem
sua tampa”. Na verdade, isso é uma verdade, não importa o quão estranho você se
ache, se você se ama, achara sua tampa. Contarei minha história de amor como se
eu estivesse passando por ela novamente. Á se o tempo voltasse!
Sou a Julia, sempre fui conhecida como Juli, quando estava
preste a completar 15 anos de idade, ao contrário de muitas meninas, eu não
quis ter uma festa enorme, com luzes e toda a atenção do mundo para mim. Queria
apenas viajar para outro pais, Estados Unidos na verdade.
Eu vivia com meus pais José que trabalhava com o prefeito da
cidade e isso fazia com que a minha família fosse bem respeitada por todos,
minha mãe Flávia que era professora de criancinhas e que era estressada e
odiava apelidos que diminuíssem nossos nomes. Também tinha minha irmã de 17
Juliana mais conhecida como Ju, era a popular da escola, vivia com garotos aos
seus pés, e estava no último ano da escola e estudava que nem louca para passar
em alguma universidade que tirasse ela da cidade pequena e a levasse para
qualquer cidade grande. Também tinha meu irmão de 10 anos, Julio Cesar,
conhecido como Juce. Que só queria andar de skate e sair da cidade pequena,
para se tornar o melhor skatista do mundo.
O grande dilema da minha família naquele exato momento é o
porquê preferi viajar do que fazer uma festa de debutante igual a todas as garotas.
Acontece que eu não era igual a elas, não pensava em namorar, não pensava em
curtir. Gostava de ir para praça da cidade com as meninas Bianca e Bruna.
Gostava de ler e viajar. Apesar das minhas amigas estarem com outra cabeça
desde que elas fizeram festas de debutante. Estavam parecendo um clone da minha
irmã. Era meio complicado ter amizades
aos 14 anos, quase 15.
O lema de todo jantar é porque viajar e não festejar....
- Juli, você vai fazer 15 anos, tem que ter um debute que nem
eu tive, conhecer gatinhos, procurar um príncipe perfeito para você dançar com
ele.
- Pelo amor Ju, olha para minha cara e ver se eu tenho cara
de fazer uma festa de debutante igual você teve a sua?
- Isso é o que todas as garotas devem fazer Julia.
- Até você mamãe? Já
disse que o que eu quero é viajar, já pedi meu presente e não volto atrás.
- Se ela quer, então deixe ela ir. Estados Unidos estará de
esperando minha filha!
- Obrigada pai, só você consegue entender sua filha!!
- Concordo com a Juli, sair desse lugar é bem melhor, do que
colocar todos da cidade dentro dele.
- É o que eu sempre digo! Obrigada JuCe.
- Parem de se chamar por apelidos, coloquei o nome em vocês e
quero que se chamem pelo nome! Juliana, Julia e Julio Cesar.
- Tudo bem mãe! – Dissemos em coral.
PARTE 2
Ninguém disse que seria fácil planejar uma viagem para os
Estados Unidos, mas eu fiquei desesperada, ficava pensando só nas coisas
erradas que poderiam acontecer. Mas era só uma semana, e eu sentia que seria a
melhor coisa que eu tinha escolhido na minha vida. O melhor presente que eu
deveria ter escolhido.
- Compre a passagem família, agradeço pelo dinheiro que me
ajudaram. Vou viajar no domingo à noite.
- Você tem certeza disso Julia, é muito perigoso, você com 15
anos viajando sozinha, para outro pais.
- Mãe eu vou com um grupo de 35 pessoas, não vou estar
sozinha, e afinal você já assinou a autorização, já levamos no cartório e agora
já era. Tudo que tem que fazer é ficar feliz por mim.
- Pare de coisa Flavia, deixe a menina! Venha cá minha filha,
espero que você se divirta muito...
- Obrigada Pai!
Então eu fui, em um domingo à noite embarquei no avião com
destino ao sonho da minha vida, conhecer o país que sempre tive o sonho de
conhecer, trabalhei 6 meses para conseguir pelo menos mais da metade do
dinheiro e meu pai me deu o que faltava como presente de aniversário de 15
anos.
Foi ótimo, conheci 35 pessoas diferentes, me senti a menina
que não tinha responsabilidades, mas que era responsável por estar longe dos
pais, me senti livre, feliz como nunca tinha me sentido antes. Lembro que
quando pisei na Times Square pensei “nunca na minha vida, vou sentir algo
igual”. No meu aniversário cantaram parabéns para mim no meio do Central Park e
foi tão perfeito que eu não sabia como explicar o que eu realmente estava
sentindo. Foi a melhor semana da minha vida, voltei para o Brasil sorrindo para
tudo. E decidida a um dia ir morar naquele lugar maravilhoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário